Novos olhares, saberes e práticas:


Novos olhares, saberes e práticas: reflexões sobre experiência de pesquisa-extensão no Museu Théo Brandão de Antropologia e Folclore

O presente trabalho é fruto do entrelaçamento de atividades desenvolvidas no Museu Théo Brandão, entre os anos de 2017-2020. O trânsito entre acervos, ensaios, apresentações, e atuação na educação museal provocou inquietações em um campo que apesar de vasto, é marcado por assimetrias que são socialmente construídas, culturalmente produzidas e racialmente localizadas, que condiciona o saber-fazer dos/as mestres/as a lugares secundários. Os museus, sobretudo os universitários, estão inseridos em um contexto transmural, nesse sentido a pesquisa-extensão enquanto elo entre a sociedade e a universidade é parte fundamental para construção de sujeitos responsáveis e comprometidos com as demandas sócio-político-cultural, principalmente no cenário de ataques à cultura, à ciência e as universidades públicas. Dessa forma, parto da ideia que o MTB para cumprir com seu papel social deve se distanciar das relações estruturadas pela ordem da colonialidade do poder para construir ações que deem espaço a narrativas que em um contexto de tantos privilégios, não foram elas contempladas. Considerando o MTB como um campo marcado por disputas de simbologias e narrativas, e a partir da experiência enquanto pesquisadora-mediadora da instituição busco refletir sobre os desafios da minha prática antropológica, bem como, a necessidade de construção de um plano museológico transversal que considere a participação de diferentes sujeitos como caminho possível para atenuar as relações de poder.

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