Ellen Nicolau (Mestranda em Museologia pela USP e Educadora no Museu de Saúde Pública Emílio Ribas)
Diante das relações entre Museologia e a pluralidade do patrimônio da Saúde, o trabalho se apresenta como uma oportunidade para refletir como a saúde coletiva, entendida como “um campo de conhecimento de natureza interdisciplinar cujas disciplinas básicas são a epidemiologia, o planejamento/administração de saúde e as ciências sociais em saúde” (Paim; Almeida Filho, 2000, p. 63), em complementaridade de práticas e saberes diversos, pode auxiliar e democratizar as potencialidades de processos museológicos para a qualidade de vida das pessoas em sua dignidade. Essas dinâmicas também permitem entender como o passado pode influenciar e informar questões de saúde contemporâneas, que em perspectivas do Sul Global, contribuem com processos de Educação em Saúde que transcendem visões individualizadas e de culpabilidade sobre relações entre saúde e adoecimento. A musealização nesse contexto é uma oportunidade de aprendizado e reflexão sobre desafios atuais, investigações da produção das desigualdades em saúde e o descaso com seus processos de memória e salvaguarda. Para tal, foi utilizada abordagem interdisciplinar, combinando pesquisa documental e exemplos pautados em estudos de caso.